Kailer, Dircel Aparecida [Orientador]Santos, Kauana Scabori dos2024-05-012024-05-012020.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11856Resumo: A variação fonética, comumente chamada de sotaque de acordo com a região, é perceptível aos falantes em geral, porque permite reconhecer o modo de falar característico do indivíduo ou da comunidade É nessa perspectiva que se insere esta Dissertação que, à luz dos aportes teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista Quantitativa (LABOV, 28 [1972]) e da Geolinguística (THUN, 25), objetiva identificar as variantes róticas em posição de ataque silábico simples (consoante e vogal) na fala de 36 informantes distribuídos por nove localidades paranaenses Os dados, coletados e disponibilizados pelo Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), registram a fala dos informantes estratificados de acordo com as faixas etárias I (18 a 3 anos) e II (5 a 65 anos), sexo (homem e mulher), e escolaridade Norteiam esta Dissertação os seguintes objetivos específicos: (i) analisar se os contextos linguísticos (classe morfológica, vogal da sílaba alvo, extensão silábica e posição do /R/ na palavra) e extralinguísticos (sexo, faixa etária, localidade, estilo de produção de fala) atuam no predomínio de uma ou de outra variante rótica nos falares dos informantes paranaenses das localidades de Londrina, Umuarama, Tomazina, Piraí do Sul, Toledo, Guarapuava, Morretes, Lapa e Barracão; (ii) investigar a mudança em progresso da variante fricativa glotal (posterior) nas localidades supracitadas do Estado do Paraná; (iii) constatar por meio do Questionário Fonético-Fonológico (QFF), dos Discursos Semidirigidos (relato pessoal) e da Leitura se o grau de monitoramento aponta para estigma das variantes róticas anteriores ([r] e [?]) e prestígio dos róticos posteriores ([h] e [x]) em ataque silábico; (iv) verificar, no falar dos informantes paranaenses, se a posteriorização do /R/ é governada pelos mesmos fatores (espaço geográfico, histórico de contato linguístico e faixa etária) apontados por Ribas (23), Brescancini e Monaretto (28), Busse (21), Aguilera e Biolada (215), Carlos (215), Costa e Cotovicz (215) e Justina (218); e (v) comparar as variantes róticas no ataque inicial e medial por meio de duas cartas fonéticas, sendo uma elaborada com parte dos dados do ALiB (21) e outra contemplada no Atlas Linguístico do Paraná II (ALTINO, 27) Os resultados apontaram para maior predomínio das variantes róticas posteriores (fricativa glotal, fricativa velar, retroflexa) e baixa ocorrência das variantes anteriores (vibrante múltipla e tepe alveolar) na posição inicial, e aumento considerável da variante tepe na posição medial em algumas localidades Esse resultado, possivelmente, encontra motivação no desenvolvimento sócio-histórico do Estado do Paraná, devido à miscigenação e ao contato linguístico no período da colonizaçãoGeografia linguísticaSociolinguísticaFonéticaLíngua portuguesaVariaçãoLinguistic geographySociolinguisticsPhoneticsPortuguese language - ParanáVariationRóticos em ataque silábico em algumas localidades paranaenses : dados do Atlas linguístico do BrasilDissertação