Martins, Maria Isabel Mello [Orientador]Sant'Anna, Marcos Cezar2024-05-012024-05-012017.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16003Resumo: A piometra tem cárater multissistêmico e acomete cadelas adultas e idosas, geralmente durante o diestro A insuficiência renal, durante a piometra, é um dos fatores mais importantes do prognóstico dessa afecção e a avaliação da proteômica urinária permite identificar biomarcadores de lesão renal precoce Esse estudo objetivou avaliar o uso da relação proteína/creatinina urinária para a identificação de lesão renal antes do desenvolvimento da azotemia e identificar as proteínas urinárias presentes em cadelas com piometra com potencial para serem utilizadas como biomarcadores de lesão renal Foram incluídas na pesquisa 44 cadelas com piometra, azotêmicas e não azotêmicas, e 12 cadelas que não apresentavam alterações sistêmicas O primeiro artigo comparou cadelas com piometra e azotêmicas (A, n = 15, creatinina > 1,7), com não azotêmicas (NA, n = 29) e cadelas sem alterações sistêmicas que formaram o grupo controle (GC, n = 12) Todas as cadelas passaram por coleta de sangue e urina para hemograma completo, perfil bioquímico, urinálise e dosagem da proteína e creatinina urinária As cadelas que apresentaram sedimento urinário ativo, ou seja, mais que cinco leucócitos ou hemácias por campo não foram utilizadas para a avaliação da relação proteína/creatinina urinária (UPC) Os valores da UPC foram superiores nas cadelas dos grupos NA e A quando comparadas com o GC (p < ,5), o que mostra que a UPC pode detectar lesão renal em cadelas com piometra antes do desenvolvimento da azotemia A leucocitose foi mais evidente nas cadelas do grupo A do que nos demais grupos, o que evidencia que a resposta inflamatória pode estar relacionada ao agravamento da doença renal O segundo artigo estudou 32 cadelas com piometra e 12 cadelas sem alterações sistêmicas Foi realizada espectrometria de massas do pool das amostras de urina dos grupos, piometra por bactérias gram-negativas não azotêmica (GnegNA, n = 18), gram-negativas azotêmicas (GnegA, n = 6), gram-positivas não azotêmicas (GposNA, n = 4), gram-positivas azotêmicas (GposA, n = 4) e grupo controle (GC, n = 12) As principais proteínas identificadas nos grupos de cadelas com piometra e não identificadas no GC, portanto, com potencial para biomarcadores de lesão renal precoce foram a clusterina, hepcidina, Ig Kappa cadeia V, lisozima C, proteína ligadora de retinol (RBP), amiloide sérica A, proteína de domínio central de quatro disulfetos WAP e a uromodulina, sendo que, a maioria dessas proteínas possuem massa molecular menor que a albumina (69 kDa), o que sugere lesão no compartimento tubular renal Os resultados obtidos possibilitaram concluir que a UPC pode ser utilizada para detectar lesão renal em cadelas com piometra antes da azotemia e pode ser utilizada como exame controle durante o período pós operatório para detectar proteinúria persistente e permitir o tratamento precoce da insuficiência renal, contribuindo para qualidade de vida O estudo proteômico da urina permitiu a identificação de proteínas com potencial para serem utilizadas como biomarcadores de lesão renal precoce e definiu que a lesão renal em cadelas com piometra é principalmente tubular e não glomerular como consta na maioria da literatura vigenteCãoDoençasInsuficiência renal animalPiometra animalDogAnimal renal insuffiencyAnimal pyometraDiseasesAvaliação de proteínas urinárias na detecção precoce da lesão renal em cadelas com piometraTese