Saab, Otávio Jorge Grigoli Abi [Orientador]Ferreira, Rodrigo Cornacini2024-05-012024-05-012016.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9959Resumo: A cultura da soja tem contribuído, direta e indiretamente, na economia brasileira, sendo um dos principais alicerces para o desenvolvimento do país As secas aumentarão provavelmente em severidade no Brasil, o que significará um aumento da evapotranspiração e períodos secos, reduções de terras aráveis e, em última instância, maior insegurança alimentar Diante das evidências científicas, torna-se imperiosa a necessidade de estudos para a caracterização e quantificação das respostas da cultura da soja visando possíveis impactos das secas Os objetivos destes estudos foram utilizar metodologias que quantifiquem as perdas em decorrências às secas para a cultura de soja nas principais regiões produtoras do Brasil Em uma primeira fase foi demonstrado os impactos da variabilidade espacial dos principais elementos meteorológicos sobre a estimativa regional da produtividade de grãos de soja A variabilidade volumétrica e temporal na distribuição espacial das precipitações pluviais é a principal responsável pelas diferentes estimativas de produtividade, mesmo em escala municipal Em uma segunda fase do estudo, foram avaliados nove métodos alternativos para cálculo de evapotranspiração de referência (ETo) aplicadas às estimativas de produtividade de soja, associadas às produtividades reais obtidas em campo irrigado e não irrigado, em três épocas de semeadura na safra 213/214 Para estimativas de ETo diária, o melhor método alternativo ao recomendado pela FAO (Penman-Monteith) foi o método Priestley-Taylor Já para estimativas em escala decendial, o melhor método alternativo foi Thornthwaite-Camargo, em todas as datas de semeadura Na terceira fase foram quantificados os possíveis impactos da seca nas perdas de produção da soja no Brasil em 38 safras (1976/77 a 213/14) Reuniram-se dados de 4336 municípios com registros oficiais de produção, área colhida e produtividade, sendo estimadas as produtividades máximas para cada local e seus desvios relativos em cada safra Todas as informações foram georreferenciadas, permitindo análises espaciais e construção de mapas temáticos em um ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) Para análises exploratórias dos efeitos das secas foram utilizadas informações da evolução interanual do valor do Índice Padronizado de Precipitação (SPI) Na última década, em todas as regiões produtoras de soja no Brasil, houve registros de ocorrência de secas em pelo menos 5 a 6 % dos anos Estima-se que o Brasil tenha deixado de ganhar U$ 79,62 bilhões em perdas de produção da cultura de soja entre as safras de 1976/77 a 213/14, em especial devido às secas As maiores amplitudes das produtividades de soja aconteceram no Rio Grande do Sul Este estudo demonstra um impacto econômico na cadeia produtiva da soja atribuído à ocorrência de secas ainda não mensurado, alertando para novos estudos de zoneamento agrícola, novas variedades de soja adaptadas às secas, bem como subsidiando novas diretrizes estratégicas para a matriz produtiva da soja no BrasilSojaPerdasPlantasEfeitos da secaSojaSoybeanLossesPlants, Effect of droughtPrecipitation variabilitySoybean - Water conditionsAgricultural meteorologyQuantificação das perdas por seca na cultura da soja no BrasilTese