Baracat, Marcela Maria [Orientador]Carra, Jéssica Bassetto2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9393Resumo: A uva é um fruto muito consumido no Brasil, e que após processamentos para a obtenção de seus derivados, gera milhões de toneladas de resíduos Uma alternativa para destinar os resíduos é o estudo dos compostos bioativos presentes na casca da uva, no entanto, é um desafio trabalhar com esses compostos em virtude de sua instabilidade O presente trabalho teve como objetivos padronizar a metodologia de secagem do extrato hidroetanólico 5% (v/v), acidificado com HCl ,1% (v/v), obtido da casca de uva (Vitis labrusca) e desenvolver formulação encapsulada com o propósito de otimizar a utilização de seus bioativos Os compostos foram extraídos utilizando-se solução extratora na proporção 1:6 m/v (cascas de uva:solução extratora) Os extratos obtidos foram secos por liofilização e por spray drying No processo de spray drying foram avaliados maltodextrina 1DE, manitol, celulose microcristalina e amido de milho como agentes carreadores na secagem do extrato Além disso, extratos revestidos com os polímeros de caseína/pectina foram secos por esta técnica Os extratos (secos ou microencapsulados) foram analisados determinando-se a atividade antioxidante (método de DPPH) e os teores de compostos fenólicos e antocianinas O processo de liofilização apresentou maior degradação dos compostos e perda da atividade antioxidante e, a maltodextrina 1DE foi indicada como o melhor agente carreador, dentre os adjuvantes analisados para a secagem por spray dryer A microcápsula de caseína/pectina apresentou teores de compostos fenólicos e antocianinas similares ao da maltodextrina 1DE e elevada eficiência de encapsulação para compostos hidrossolúveis A condição de secagem utilizando vazão de alimentação de 1 mL min-1, temperatura de entrada de 14 ºC e vazão do ar de secagem de 51 m3 h-1 resultou em 417,312 µg mL-1 de atividade antioxidante (IC5); 116,5 mgGAE g-1 de compostos fenólicos; 28,28 mg L-1 de antocianinas; 15,29% de rendimento de secagem; e 73,72% de eficiência de encapsulação As microcápsulas secas foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e os resultados mostraram micropartículas esféricas e de tamanhos variados, e observou-se que a vazão de alimentação teve maior influência na morfologia do material de parede O tamanho de partícula médio foi de 9,8 ± ,19 e 8,69 ± ,13 µm para a microcápsula inerte e contendo extrato, respectivamente As análises de calorimetria diferencial de varredura (DSC) e infravermelho com transformada de Fourier (IV-TF) confirmaram a encapsulação do extrato da casca da uva Os resultados sugerem que a microcápsula de caseína/pectina é promissora para proteção dos compostos bioativos presentes na casca da uvaUvaSecagemAntioxidantesQuímicaMicrocápsulaDryingAntioxidantsChemistryMicrocapsulesGrapesPadronização de metodologia de secagem para subproduto da uva (Vitis labrusca) e desenvolvimento de formulação farmacêutica encapsuladaDissertação