Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]Sugihara Junior, Paulo2024-05-012024-05-012017.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14173Resumo: Introdução: A manutenção de um estilo de vida ativo e saudável, incluindo prática regular de atividades físicas e nutrição adequada, pode atenuar a redução de força e massa muscular (MM), fenômenos responsáveis por grande parte do declínio na capacidade funcional observada em idosos Nesse sentido, a prática de treinamento resistido (TR) tem sido amplamente recomendada para esta população, em virtude dos diversos benefícios proporcionados por este tipo de exercício, sobretudo, aumento de força e MM e melhoria da qualidade muscular Adicionalmente, o uso de dietas hiperproteicas pode ser benéfica para idosos, tanto para o aumento da síntese quanto diminuição da degradação proteica Objetivos: Analisar o efeito da suplementação de proteínas além da ingestão habitual associada ao treinamento resistido sobre a massa muscular, força e qualidade muscular em mulheres idosas treinadas Métodos: Quarenta e seis mulheres fisicamente independentes, com ingestão protéica diária inferior a 1,2 g/kg de massa corporal, após realizarem oito semanas de treinamento com pesos de forma padronizada, foram selecionadas para este estudo As participantes foram divididas aleatoriamente em dois grupos, a saber: grupo baixa proteína (BP: n = 23; idade = 67,8 ± 4,1 anos) e grupo alta proteína (AP: n = 23; idade = 67,3 ± 4,1 anos) Ambos os grupos foram submetidos a ingestão de substâncias isocalóricas, três vezes por semana, antes e após sessões de treinamento resistido Para o grupo BP foi ofertada uma dose de carboidratos (maltodextrina) antes e outra após, ao passo que o grupo AP recebeu carboidratos (maltodextrina) antes e proteínas (whey protein) imediatamente após cada sessão de treinamento, o que resultou em uma ingestão protéica média diária inferior a 1,2 g/kg de massa corporal (grupo BP) ou = 1,2 g/kg de massa corporal (grupo AP) O programa de treinamento resistido foi composto por oito exercícios para os diferentes segmentos corporais (membros superiores, tronco e membros inferiores) que foram executados em três séries de 8-12 repetições máximas (RM) durante 12 semanas, em uma frequência de três sessões semanais Testes de uma repetição máxima (1-RM) foram aplicados nos exercícios supino vertical, cadeira extensora e rosca scott A somatória da carga máxima levantada (CTL) foi utilizada como indicador de força muscular A massa muscular total (MM), a massa isenta de gordura e osso de membros inferiores (MI) e superiores (MS) foram determinadas por absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) A qualidade muscular total, de membros superiores e inferiores foi estimada pela relação entre indicadores de força muscular e MM, MIGO INF e MIGO SUP Resultados: Embora a força muscular tenha aumentado em ambos os grupos (P < ,5), maiores incrementos foram identificados no grupo AP nos exercícios cadeira extensora (BP = 52,4 ± 13, kg vs 54,7 ± 12,4 kg; AP = 52,6 ± 1,2 kg vs 56,2 ± 1,4 kg; P < ,5) e rosca Scott (BP = 22,7 ± 4,1 kg vs 24,8 ± 4,6 kg; AP = 21,7 ± 3,7 kg vs 24,7 ± 4, kg; P < ,5) após 12 semanas de intervenção Por outro lado, a melhoria de desempenho no exercício supino vertical (P < ,5) ocorreu sem diferenças entre os grupos (BP = 46, ± 8, kg vs 47,5 ± 8,4 kg; AP = 43,4 ± 9,8 kg vs 45,6 ± 1, kg; P > ,5) Uma maior evolução da carga total levantada ao longo de 12 semanas de intervenção foi revelada no grupo AP (BP = 121,1 ± 19,7 kg vs127, ± 2,2 kg; AP = 117,6 ± 21,1 kg vs 126,6 ± 21,7 kg; P < ,5) Aumentos significantes (P < ,5) na MM (BP = +,3 kg vs AP = +,7 kg), MIGO SUP (BP = +,1 kg vs AP = +,1 kg) e MIGO INF (BP = +,1 kg vs AP = +,4 kg) foram encontrados em ambos os grupos, sem diferenças estatisticamente significantes entre eles (P > ,5) De forma similar, uma melhoria da qualidade muscular total (BP = 6,6 ± ,9 vs 6,8 ± 1,; AP = 7, ± 1,2 vs 7,3 ± 1,1), qualidade muscular de membros superiores (BP = 5,5 ± ,7 vs 5,9 ± ,8; AP = 5,3 ± 1, vs 5,8 ± 1,) e qualidade muscular de membros inferiores (BP = 4,4 ± ,8 vs 4,6 ± ,8; AP = 4,6 ± ,9 vs 4,8 ± ,8) foi revelada, sem diferenças estatisticamente significantes entre os grupos (P > ,5) Conclusão: Os resultados sugerem que o uso de uma dieta hiperproteica (> 1,2 g/kg de massa corporal) associada ao treinamento resistido parece ser uma estratégia interessante para o aumento da força muscular, ao passo que este tipo de treinamento pode promover melhoria da qualidade muscular, da MM e da MI e MS a partir da ingestão proteica diária superior a ,8 g/kg de massa corporal em mulheres idosas treinadasTreinamento com peso para idososDieta de alto teor proteicoExercícios físicosAspectos da saúdeMassa muscularWeight training for elderlyHigh-protein dietMuscle massAgingElderly womenEfeito da suplementação de proteínas além da ingestão habitual associada ao treinamento resistido sobre a massa muscular, força e qualidade muscular em mulheres idosas treinadasDissertação