Cabrera, Marcos Aparecido Sarria [Orientador]Remondi, Felipe Assan2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15163Resumo: O objetivo do trabalho foi analisar a não adesão e a efetividade da terapêutica com hipolipemiantes fornecidos pelo Sistema Único de Saúde para usuários de alto risco do estado do Paraná, entre 28 e 213 Para tanto, foi realizada uma coorte retrospectiva com o universo de pacientes assistidos no período de 28 a 212, acompanhados até 213 para avaliação da adesão e do controle laboratorial As informações foram obtidas no sistema eletrônico da Secretaria de Estado para o gerenciamento do fornecimento destes medicamentos O cálculo da não adesão foi realizado a partir da combinação da taxa de posse, proporção de dias cobertos e média de dias entre as dispensações, sendo caracterizados como não aderentes os indivíduos que tiveram resultados insatisfatórios em ao menos duas das três medidas realizadas O controle laboratorial foi avaliado pelos resultados categorizados da lipoproteína de baixa densidade (LDL), liproproteína de alta densidade (HDL) colesterol total (CT) e triglicerídeos (TG) As análises de associação foram realizadas por meio da comparação de médias, correlação e regressão multivariada com distribuição de Poisson ou de Cox Foram analisados 6751 usuários, sendo que a caracterização da não adesão restringiu-se a 5697 que tiveram quatro ou mais dispensações no período e, paralelamente, a de controle laboratorial para 5596 usuários que possuíam informações deste desfecho passível de avaliação A população de análise foi composta principalmente por mulheres, indivíduos entre 5 e 59 anos de idade e com predominância de uso da atorvastatina Observou-se que as regionais de saúde com maior porte populacional apresentaram maior número de usuários vinculados ao programa e, ao mesmo tempo, maior taxa de descontinuidade A não adesão foi registrada em 37,% dos usuários, com maior risco no caso do sexo feminino, idade entre 4 e 7 anos residência em regionais de saúde de 3 a 5 mil habitantes A taxa de desistência na obtenção dos medicamentos em até um ano foi de 29,3%, sendo a persistência inicial (até três dispensações) preponderante (15,6%) em comparação a persistência tardia (até 12 meses; 13,7%) O controle laboratorial inadequado, por sua vez, foi de LDL (>1mg/dL): 45,9%; HDL (<4mg/dL para homens ou <5mg/dL para mulheres): 31,1%; CT (>19mg/dL): 28,%; e TG (>15mg/dL): 32,3% Tanto na comparação de médias entre aderentes e não aderentes, quanto na análise multivariada com o controle por fatores de confusão (sexo, idade, medicamento, dose, densidade populacional do local de residência), a não adesão esteve associada a piores taxas de controle para LDL (HR=2,34; IC95% 2,14-2,54), HDL (HR=3,28; IC95% 2,97-3,63), CT (HR=2,99, IC95% 2,69-3,32) e TG (HR=2,34; IC95% 2,13-2,59) As diferenças nos padrões de obtenção, elevada taxa de desistência em um ano, não adesão superior a um terço dos usuários e sua correlação com a falta de controle laboratorial apontam para a necessidade de reconhecer a problemática no sistema de saúde brasileiro e adoção de medidas de aprimoramento das políticas instituídas visando melhor controle das doenças crônicas não transmissíveis no BrasilSistema cardiovascularDoençasCoraçãoDoençasFarmacologia cardiovascularCardiovascular pharmacologyCardiovascular systemDiseasesTratamento de dislipidemias em usuários de alto risco pelo SUS : não adesão e efetividade em coorte populacional de pacientesTese