Ogatta, Sueli Fumie Yamada [Orientador]Biasi-Garbin, Renata Perugini2024-05-012024-05-012015.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15410Resumo: Streptococcus agalactiae (estreptococo do grupo B – EGB) é um importante agente de infecções em recém-nascidos associadas à colonização vaginal materna A doença neonatal de início precoce pode ser prevenida com a antibioticoterapia profilática intraparto (API) para as mulheres colonizadas por EGB Penicilina e ampicilina são os fármacos de primeira escolha, sendo que, no caso de resistência ou alergia, recomenda-se o uso de clindamicina, eritromicina e vancomicina No entanto, a resistência de EGB, in vitro, à clindamicina e eritromicina é crescente em diversos países Além disso, o desenvolvimento de vacinas contra EGB ainda está em progresso, o que indica que novas alternativas terapêuticas, seguras e eficazes, devem ser desenvolvidas para prevenir a transmissão dessa bactéria Os produtos naturais são fontes promissoras de novas substâncias para tratamento das infecções causadas por patógenos resistentes, sendo o eugenol um dos compostos mais estudados e amplamente utilizado por suas propriedades medicinais O objetivo do presente trabalho foi investigar a atividade antibacteriana in vitro do eugenol contra S agalactiae e analisar o efeito da combinação deste composto com nanopartículas de prata produzidas por Fusarium oxysporum (AgNPbio) Foram testadas seis amostras clínicas e uma cepa de referência (ATCC 13813) de S agalactiae A determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi realizada pelo método de microdiluição em caldo e para a Concentração Bactericida Mínima (CBM), foram retirados 1 µL dos poços onde não havia crescimento bacteriano e inoculados em ágar sangue (AS) A faixa de concentração avaliada para o eugenol foi de ,15% a 1% A CIM e a CBM variaram de ,125% até ,5% A determinação do efeito bactericida tempo-dependente do eugenol foi realizada pela análise da curva de morte, determinando a contagem de UFC em placa de AS Nenhuma unidade formadora de colônia foi detectada após 2, 4 e 1 h de incubação na presença de concentrações de eugenol iguais às respectivas CIMs para as amostras EGB 89, EGB 121 e a cepa de referência, respectivamente Após 1h de exposição ao eugenol, as células de EGB tratadas apresentaram coloração vermelho fluorescente, utilizando o Kit LIVE/DEAD baclight (Molecular Probes) indicando bactérias mortas em contraste com as células não tratadas verde - fluorescentes A combinação do eugenol com AgNPbio mostrou efeito sinérgico para todas as amostras de EGB estudadas, provocando redução de 4 a 8 nos valores de CIM do eugenol e de 4 a 256 vezes para AgNPbio As alterações morfológicas e ultraestruturais provocadas pelo eugenol foram analisadas por microscopia eletrônica de varredura e de transmissão e mostraram células tratadas fragmentadas, apresentando extravasamento do conteúdo celular, além de alterações na morfologia bacteriana, rompimento da parede celular e diminuição da eletrodensidade celular Eugenol apresentou efeito inibitório na viabilidade de células sésseis, como mostrado pelo ensaio de redução do XTT, tanto durante a formação dos biofilmes, com SMIC1 variando de ,6% a ,5%, como sobre biofilmes maduros, com SMIC5 variando de ,2% a ,25% Os resultados obtidos neste estudo comprovam a efetividade do eugenol contra células planctônicas e sésseis de EGB, reforçando o potencial deste composto como um antibacteriano adicional no tratamento da colonização vaginal maternaStreptococcus agalactiaeBiofilmePrataNanopartículasAgentes antibacterianosAntibacterial agentsBiofilmsNanoparticlesAtividade antibacteriana do eugenol sobre o crescimento e formação de biofilme de Streptococcus agalactiae e sinergismo com nanopartícula de prata produzida por Fusarium oxysporumDissertação