Grion, Cíntia Magalhães Carvalho [Orientador]Gimenez, Francielli Mary Pereira2024-05-012024-05-012016.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14695Resumo: Introdução: O transporte intra-hospitalar é comum entre os pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) Entretanto, devem ser considerados os riscos e benefícios, uma vez que pode gerar eventos adversos com consequências imediatas Torna-se necessário suporte tecnológico adequado e equipe multiprofissional treinada, capaz de prevenir as situações de risco, identificar um agravo e, agir rapidamente, devido as grandes chances de complicações e de instabilidade Objetivo: Descrever os eventos adversos no transporte intra-hospitalar e comparar dados clínicos e desfechos entre grupos de pacientes internados em uma UTI adulto de uma instituição privada de caráter filantrópico no sul do país Métodos: Estudo de coorte prospectivo realizado pelo acompanhamento no transporte intra-hospitalar de pacientes internados em uma UTI, entre julho de 214 a julho de 215 A coleta de dados foi composta de dados demográficos e dados clínicos, tais como diagnóstico médico, escore prognóstico Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) utilizado para observar variações na disfunção orgânica e Simplified Acute Physiology Score (SAPS 3) utilizado para avaliar gravidade de doença, presença de comorbidades, data da admissão e da alta, desfecho da UTI e do hospital Para o grupo transportado, além dos citados acima, foram coletados dados relacionados ao transporte e eventos adversos Os eventos adversos foram classificados de acordo com a Classificação Internacional para a Segurança do Paciente da Organização Mundial da Saúde (OMS) segundo o grau de dano em: Nenhum, Leve, Moderado, Grave e Óbito O nível de significância adotado foi de 5% e o intervalo de confiança de 95% Resultados: Analisou-se 293 pacientes no período do estudo, com acompanhamento de 143 transportes e registros de 86 eventos adversos Desses eventos, 44,1% relacionaram-se a alterações fisiológicas, sendo variações da frequência cardíaca e da frequência respiratória os eventos mais frequentes Na classificação, 5% dos eventos foram classificados em grau moderado O tempo médio de UTI do grupo transportado foi maior quando comparado com os pacientes que não foram transportados (14,8 dias versus 6,9 dias, respectivamente, p<,1), assim como o tempo médio de hospital também foi maior entre os que foram transportados daqueles não transportados (23,2 dias versus 17,2 dias, respectivamente, p= ,3) O tempo médio de permanência na UTI do grupo que apresentou eventos adversos durante o transporte também foi maior quando comparado com os pacientes transportados sem a ocorrência de eventos adversos (21,7 versus 9,2 dias respectivamente, p<,1), assim como o tempo médio de permanência hospitalar (31,4 versus 16,6 dias respectivamente, p<,1) Conclusões: Descreveu-se eventos adversos ocorridos no transporte intra-hospitalar de pacientes internados em uma UTI no decorrer de um ano A maioria dos eventos adversos relacionou-se à alterações fisiológicas O tempo de internação na UTI e o tempo de internação hospitalar foi maior nos casos de pacientes com eventos adversos durante o transporte intra-hospitalar Sendo assim, algumas propostas podem ser sugeridas com a finalidade de reduzir esses eventos, tais como: aquisição de monitor de transporte, verificação prévia das condições técnicas dos equipamentos utilizados no transporte, treinamentos específicos e capacitação contínua da equipe multiprofissional com aulas teóricas e práticas além de padronização por meio de protocolos a forma de transportar os pacientesDoentes em estado críticoUnidade de tratamento intensivoSegurança do pacientePacientesTransporteCritically illIntensive care unitsEventos adversos no transporte intra-hospitalar do paciente crítico em hospital filantrópicoDissertação