Fernandes, Glaura Scantamburlo Alves [Orientador]Santos, Dayane Priscila dos2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16648Resumo: Hyperhomocisteínemia é caracterizada pela elevação dos níveis plasmáticos de homocisteína devido ao desequilíbrio ou comprometimento em seu metabolismo Defeitos nas enzimas envolvidas na via de remetilação e na via de transulfuração, assim como deficiência nos níveis de vitaminas do complexo B ou outros fatores nutricionais são as principais causas da hiperhomocisteínemia A hiperhomocisteínemia induz ao estresse oxidativo e por isso tem sido associada a deficiência na espermatogênese e função espermática No entanto, pouco se sabe sobre sua interação com os órgãos do sistema genital masculino Outro fator relacionado ao estresse oxidativo e mudanças no sistema de defesa antioxidante é o exercício físico As funções testiculares (espermatogênese e esteroidogênese) podem ser prejudicadas ou favorecidas, de acordo com o tipo, intensidade e duração do exercício físico Neste contexto, o estudo buscou avaliar os efeitos da hiperhomocisteínemia e do exercício físico, isolados ou associados, desde a fase puberal até a fase adulta sobre os órgãos do sistema genital masculino de camundongos Swiss Para isso, 48 camundongos foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos experimentais (C, H, E e H+E) e tratados durante 52 dias Para indução de hiperhomocisteínemia os animais receberam diariamente via gavagem 1g/Kg de peso de dl-homocisteína thiolactona (diluída em água filtrada) e o exercício físico foi realizado por corrida voluntária em rodas de exercício adaptadas às caixas de biotério Ao fim do período experimental os animais foram anestesiados por inalação de isoflurano e submetidos à eutanásia O sangue foi coletado para determinação da concentração de testosterona Os testículos e epidídimos foram coletados, pesados e utilizados para contagem espermática, análises morfológicas e histopatológicas, determinação do perfil inflamatório, avaliação da peroxidação lipídica e atividade da catalase Além disso, foi realizada dosagem de colesterol testicular Os ductos deferentes foram coletados, pesados e deles foram obtidos espermatozoides para análises de morfologia, integridade acrossômica, atividade mitocondrial e motilidade As próstatas e tecido adiposo periepididimal foram coletados, pesados e descartados A hiperhomocisteínemia, isolada ou associada ao exercício físico, causou alterações morfométricas e hitopatológicas no testículo Não houve aumento atividade de mieloperoxidase, aumento da lipoperoxidação ou comprometimento da atividade da catalase no testículo, porém houve elevação nas concentrações de colesterol No epidídimo, independente do tratamento houveram alterações morfométricas na região da cabeça Não houve aumento atividade de mieloperoxidase, aumento da lipoperoxidação ou comprometimento da atividade da catalase no epidídimo Apesar das alterações teciduais, a produção de testosterona e a qualidade espermática não foi prejudicada Conclui-se que a hiperhomocisteínemia, isolada ou associada ao exercício físico, desde a fase puberal até a fase adulta causa alterações estruturais testiculares Essas alterações não estão relacionadas com aumento de lipoperoxidação e comprometimento da atividade da enzima catalase Desta forma, propomos que as alterações observadas estão relacionadas ao processo de homocisteinização Além disso, a hiperhomocisteínemia e o exercício físico, isolados ou associados, acarretam em modificações teciduais na cabeça epididimária Apesar das alterações estruturais observadas, a fisiologia testicular e epididimária não foram alteradas e a qualidade espermática foi preservadaReproduçãoAminoácidos na nutriçãoExercícios físicosEpidídimoHomocisteínaReproductionAmino acids in nutritionPhysical exercisesHomocysteineEfeito da hiperhomocisteínemia e do exercício físico, isolados ou associados, sobre o sistema genital de camundongos machos adultosDissertação