Mansano, Sonia Regina Vargas [Orientador]Figueiredo, Mônica Tablas Martinez de2024-05-012024-05-012020.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16916Resumo: A cidade é concebida por Guattari (1992) como uma máquina produtora de subjetividades, composta por equipamentos e dispositivos, materiais e imateriais, que fazem circular componentes de subjetivação heterogêneos Ela abarca múltiplas forças e uma dimensão de caos, cooperando para compor diversos territórios subjetivos provisórios e mutantes Entretanto, há uma uniformização dos modos de vida, atualizados nesse espaço em subjetividades capitalísticas, regidas pela lógica do capital, que prioriza o consumo, o acúmulo de bens e a produção incessante Tal atitude tende a produzir um empobrecimento das experiências com o mundo, despotencializando o corpo dos sujeitos que convivem no espaço urbano e diminuindo sua potência de contato e ação Tomando o cenário urbano em análise, a presente pesquisa teve por objetivo investigar os modos de vida e as intervenções artísticas urbanas que emergem no contemporâneo e rompem, em alguma medida, com a lógica capitalista de consumo e produtividade, criando espaços no urbano para encontros potencializadores A vertente epistemológica adotada é a Psicologia Social em sua interface com a Filosofia da Diferença Na parte teórica, abordam-se os seguintes temas: a noção de sujeito e subjetividade na Psicologia e sua relação com os modos de vida legitimados no espaço urbano, a cidade e a produção de subjetividade em face da governamentalidade e as conexões entre os conceitos de sustentabilidade e de resistência Na parte empírica, apresenta-se uma análise do uso do grafite e da pichação na cidade de São Paulo no período em que foi implantado o denominado “Programa Cidade Linda” e suas repercussões nos modos de vida e na subjetividade Os resultados mostram que as intervenções urbanas aparecem como possibilidade de construir uma relação intensiva e afetiva com os espaços da cidade, entre os moradores e com a natureza Ao final do trabalho foi possível argumentar como a noção de sustentabilidade afetiva aproxima-se do conceito de resistência na medida em que amplia a experimentação de modos de vida voltados para a produção de encontros que aumentam a força de agir dos sujeitos sociaisPsicologiaAfeto (Psicologia)Espaço urbanoArtePsychologyAffect (Psychology)ArtUrban spaceSustentabilidade afetiva e resistência : uma análise dos modos de vida e das intervenções artísticas urbanasDissertação