Rosa, Renata da [Orientador]Gallo, Raquel Bozini2024-05-012024-05-012016.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14542Resumo: O gênero Belostoma, família Belostomatidae, inclui os maiores heterópteros e seus representantes possuem hábitos aquáticos e predatórios desempenhando papel importante como agentes de controle biológico Esse gênero é bastante numeroso e apresenta dúvidas sobre sua evolução cariotípica, que envolve eventos de agmatoploidia e simploidia cromossômicas, bem como sistemas múltiplos e simples de determinação cromossômica do sexo Neste trabalho foram analisadas oito espécies do gênero Belostoma (B candidulum, B cummingsi, B dentatum, B dilatatum, B elongatum, B horvathi, B testaceopallidum e Belostoma sp 1) de diferentes localidades do Brasil As análises meióticas revelaram cariótipos de 2n = 14+XY para B horvathi, 2n = 22+XY para B cummingsi, 2n = 26+X1X2Y para B dentatum, B elongatum e Belostoma sp 1 e 2n = 26+X1X2X3Y para B testacopallidum Todas as espécies apresentaram cromossomos holocinéticos Foram observadas diferenças na distribuição da heterocromatina entre as espécies bem como a composição de bases dos blocos heterocromáticos (CMA3/DAPI) A sequência de DNAr 18S foi extraída de B horvathi e utilizada como sonda, esta apresentou alta similaridade com outras sequencias depositadas no NCBI Os clusters de DNAr 18S foram evidenciados tanto nos cromossomos sexuais quanto nos autossomos, formando assim quatro padrões: i) nas espécies com sistema sexual simples B candidulum e B horvathi foram encontrados blocos nos cromossomos sexuais, ii) nas espécies com sistema sexual múltiplo B dentatum, B dilatatum, B elongatum e B testaceopallidum os genes de DNAr 18S foram evidenciados em um par de autossomos iii) a espécie B cummingsi que possui sistema sexual simples apresentou marcações em um par de autossomos e um cromossomo sexual, iv) e a espécie B discretum possui sistema sexual múltiplo e apresentou blocos em dois cromossomos sexuais Os dados do presente trabalho e os da literatura nos levaram a propor uma nova hipótese de evolução para o grupo, com um cariótipo ancestral com número diploide baixo, sistema simples de determinação sexual e Região Organizadora de Nucléolo (RON) nos cromossomos sexuais A partir desse cariótipo teriam sido formados os demais cariótipos a partir de eventos de agmatoploidias, simploidias e movimentação do DNAr 18S Esses eventos puderam ser confirmados pela análise da heterocromatina por bandamento-C e pela técnica de Ct-1 O cromossomo X de B horvathi foi microdissectado e amplificado, e utilizado como sonda para a análise de similaridade dos cromossomos sexuais entre as espécies A Hibridização Fluorescente in situ (FISH) realizada com a sonda gerada a partir do cromossomo X, apresentou hibridização uniforme por todo o corpo heteropicnótico positivo correspondente ao cromossomo X em intérfase quando hibridizada na espécie de origem, e quando hibridizada na espécie B dentatum apresentou marcações discretas, podendo ser um indício de divergências na composição dos cromossomos X entre as espécies com diferentes sistemas de determinação sexual Os dados do presente estudo ampliam o conhecimento sobre o grupo, trazendo novas informações e uma nova hipótese de evolução cariotípica para o grupoPercevejo (Inseto)CitogenéticaCromossomos sexuaisGenética molecularEntomologiaBedbugsSex chromosomesEntomologyCytogeneticsCitogenética molecular aplicada ao estudo da evolução cariotípica em Belostomatidae (Insecta: Heteroptera)Dissertação