Sartori, Daniele [Orientador]Monteiro, João Paulo Silva2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9148Resumo: O Brasil é um dos maiores consumidores de alho (Allium sativum L) do mundo e seu uso como tempero representa uma prática habitual na culinária A presença de fungos em produtos de origem biológica, pode representar fator de risco para a saúde, visto a potencial produção de micotoxinas nocivas No alho é relatada uma maior incidência de infecção pelo gênero de fungos Aspergillus, se destacando a espécie A niger da seção Nigri como predominante na especiaria No entanto, há poucos relatos de infecção do alho brasileiro por espécies de outras seções de Aspergillus Neste sentido, este estudo teve como objetivo: isolar espécies de Aspergillus em alhos comercializados em 12 estados brasileiros, verificar a incidência, identificar as espécies e avaliar o potencial biotecnológico, das espécies descritas como não toxigênicas, para produção de lipases e amilases A contaminação fúngica foi verificada após incubar os bulbilhos do alho em meio (DG18), com um total 422 Unidades Formadoras de Colônia (UFC), representando 3 seções de espécies de Aspergillus A partir deste total, 94 (UFC) foram isoladas e 44 isolados selecionados para análise de variabilidade genética A 3 % de similaridade, o dendrogama apresentou 3 grupos (clusters I, II e III) e entre os grupos formados foram selecionados um total de 8 isolados para identificação da espécie, através do sequenciamento de regiões parciais do gene da ß-tubulina (BenA) Os isolados do grupo I foram identificados como A europaeus e A dimorphicus, ambos da seção Cremei e descritos pela primeira vez no alho, com alta incidência (77%) da espécie A europaeus Já as espécies do grupo II, foram identificadas como A ochraceus e A melleus da seção Circumdati, juntas as espécies representam (13,6%) do total de 44 isolados, sendo a segunda seção mais incidente neste estudo Quanto ao grupo III, ficaram as espécies identificadas com A flavus e/ou A oryzae da seção Flavi, sendo a seção menos presente neste estudo, representando (6,8%) dos isolados Além da alta incidência, (56%) das linhagens de A europaeus demonstraram potencial lipolítico satisfatório Desta forma, foi possível avaliar a situação atual de infecção do alho brasileiro, relatando espécies como A europaeus e A dimorphicus, encontradas pela primeira vez no alho, bem como espécies descritas pela produção de aflatoxinas (A flavus) e ocratoxinas (A ochraceus) que apesar da baixa incidência, representam um fator de risco para os consumidores desta especiariaBiotecnologia agrícolaAspergillusAlhoFungos toxigênicosAgricultural biotecnologyGarlicToxigenic fungiIsolamento e identificação de Aspergillus seções Cremei, Circumdati e Flavi, em alhoDissertação