Aguilera, Vanderci de Andrade [Orientador]Gholmie, Myriam Rossi Sleiman2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16735Resumo: O questionamento a respeito da natureza do signo linguístico, que remonta à Antiguidade Clássica, está presente não só no ambiente acadêmico, mas também no imaginário popular: quem nunca se perguntou se os nomes das coisas têm uma razão de ser? A presente Dissertação ingressa nessa discussão com o aporte teórico da semântica motivacional – conduzido mormente por Saussure (1971 [1916]), Ullmann (1964), Guiraud (1976), Alinei (1984) e Contini (29) Com esse suporte, faz uma análise que recobre dois campos semânticos – terra e homem – em dados do Atlas Linguístico do Paraná, de Aguilera (1994), extraídos de entrevistas realizadas em 65 localidades do referido estado, junto a 13 homens e mulheres de origem rural, com pouca ou nenhuma escolaridade e idade entre 27 e 62 anos Desse modo, objetiva averiguar, por meio de um corpus geolinguístico, se os signos são motivados no ato da denominação do referente Especificamente este trabalho tem como propósitos: (i) apresentar uma descrição geolinguística das designações dos paranaenses para os itens lexicais cogumelo e alpargata registradas nas Cartas 38, 39, 4, 41 e 8 do mencionado atlas; (ii) verificar a dicionarização dessas variantes; (iii) analisar tais denominações à luz da semântica motivacional Os resultados deste estudo indicam que as criações lexicais são motivadas na origem, ou seja, refletem uma visão de mundo temporalmente situada e própria de um grupo social, manifestando-se por meio da fala O signo linguístico, nesse sentido, atesta historicamente a convergência entre cultura e linguagemLíngua portuguesaVariaçãoGeografia linguísticaLinguistic geographyMotivação na criação lexical : o elo entre cultura e linguagem em dados do Atlas linguístico do ParanáDissertação