Pavanelli, Wander Rogério [Orientador]Bortoleti, Bruna Taciane da Silva2024-05-012024-05-012017.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15930Resumo: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença de caráter zoonótico, causada por protozoários do gênero Leishmania, que apresenta como principal característica a formação de lesões na pele e mucosas A elevada toxicidade, os altos custos e a resistência de algumas cepas aos medicamentos atuais estimulam a busca por alternativas terapêuticas para esta infecção As plantas são fontes ricas em compostos químicos, dentre eles os flavonoides, esteroides e diterpenos Dentre as classes dos diterpenos, o constituinte majoritário presente nas folhas da Sphagneticola trilobata é o ácido grandiflorênico (AG), que apresenta atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e antinociceptiva Em nosso estudo, foi investigada a ação do AG sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis Podemos observar que em 24 h, apenas a concentração de 25 nM foi capaz de inibir a proliferação de promastigotas, e após 48 e 72 h, todas as concentrações (312, 625, 125 e 25 nM) tiveram efeito sobre o crescimento dos parasitos Este fenômeno de redução da proliferação foi acompanhado de alterações morfológicas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), na qual o tratamento com AG 25 nM provocou danos à morfologia do parasito Em seguida, investigamos quais mecanismos estariam envolvidos na morte do protozoário, sendo verificado aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, exposição de fosfatidilserina e permeabilização da membrana plasmática do parasito, sugerindo um evento de “apoptose-like” Sabendo que o AG tem ação sobre formas promastigotas livres, estudamos seu efeito sobre amastigotas intracelulares e macrófagos infectados com L amazonensis, observamos que o tratamento provocou redução na porcentagem de células infectadas e no número de amastigotas por macrófago, sem apresentar citotoxicidade nos macrófagos peritoneais e eritrócitos humano Verificamos a produção de citocinas, NO e espécies reativas de oxigênio (EROs) por macrófagos infectados, no entanto, o AG não provocou diferenças na secreção de IL-1ß, IL-12, IL-6 e TNF-a, nem na síntese de NO e EROs Portanto o tratamento AG atua em formas promastigotas através do mecanismo “apoptose-like” e em formas amastigotas intracelulares agindo diretamente, independente da modulação de citocinas, síntese de NO e EROs neste modelo Sendo assim, sugerindo que o AG é um potencial alternativa terapêutica no tratamento da leishmaniose, onde o atual tratamento é a base de drogas tóxicas e ineficazesLeishmanioseDoenças transmissíveisProdutos naturaisDiterpenosLeishmaniasisInfectious diseasesNatural productsAtividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensisDissertação