Tischer, Cesar AlgustoMoraes, Cassiano Borges de2024-03-222024-03-222021-02-22https://repositorio.uel.br/handle/123456789/292Resumo: No campo dos glicoconjugados diversos biomateriais são desenvolvidos e utilizados comercialmente na área da saúde como ferramenta para os mais diversos tratamentos que envolvem processos de regeneração celular. A celulose bacteriana tem alta biocompatibilidade e sua utilização como suporte para a promoção de sua capacidade cicatrizante pode ser alcançado com a adição de materiais à sua superfície como proteínas de interesse e aminoácidos para associação com nanopartículas metálicas. Para a conjugação com estes compostos aminados, utiliza-se um espaçador com grupo ácido carboxílico como o ácido succínico para tornar a membrana reativa. Funcionalizar a celulose bacteriana com grupos ácidos provenientes de outros polissacarídeos pode ser uma alternativa interessante para diminuir os impactos ambientais inerentes ao processo de succinilação. Uma alternativa é a adição de gomas ácidas, como as gomas arábica e karaya (origem vegetal) e a goma xantana (origem bacteriana) durante a fermentação, a fim de promover o aumento da reatividade da celulose bacteriana mantendo as propriedades dos biopolímeros. Uma vez associados a celulose, estes polissacarídeos naturais formulam um biomaterial de partida para síntese de amidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar e viabilizar a inserção de gomas à superfície da celulose bacteriana durante o processo fermentativo e funcionalizar o aminoácido arginina em gomas ácidas por meio de uma reação de síntese de amida e, havendo indícios da formação da ligação, associar nanopartículas de prata à superfície do produto. A incorporação de gomas durante o processo fermentativo aumentou a acidez dos compostos, que foram quantificados por meio de derivadas de suas respectivas curvas de titulação bem como pelos índices de cristalinidade provenientes do DRX, que apresentaram baixos valores quando comparados as membranas de celulose nativa. Dentre as gomas utilizadas a que apresentou maior influência nas reações de funcionalização e inserção na rede nanofibrilar da celulose bacteriana foi a goma karaya demonstrado pelas técnicas de caracterização (FTIR, DRX e DSC) e justificado pelo mecanismo de reação. O produto da funcionalização de goma karaya com arginina foi associado às nanopartículas de prata de maneira efetiva como demonstrado pela caracterização por meio da espectroscopia UV-Vis e pela atividade antimicrobiana frente a Pseudomonas aeruginosa, sugerindo este polissacarídeo como uma alternativa no ramo da química de carboidratos para síntese de amidas e associação com nanopartículas metálicas.Gomas ácidasGoma karayaFuncionalizaçãoNanopartícula de prataCelulose bacterianaCompósitos poliméricosPolissacarídeos funcionalizados com arginina como plataforma para associação com nanopartículas de prataPolysaccharides functionalized with arginine as a platform for association with silver nanoparticlesDissertaçãoBiotechnologyPolysaccharides - FunctionalizationAcidic gumsCarbohydrate chemistry