Fonseca, Inês Cristina de Batista [Orientador]Andreazi, Elder2024-05-012024-05-012017.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16128Resumo: O estresse por déficit hídrico prejudica todas as fases de crescimento e desenvolvimento do cafeeiro, no entanto, a quantificação dos danos é difícil de ser mensurada devido à complexa rede de mecanismos e interações que atuam na resposta ao estresse hídrico As alterações climáticas têm deslocado a cafeicultura para zonas periféricas de instabilidade climática, com ocorrência de períodos secos prolongados o que tem provocado diminuição na produtividade, pois as cultivares de café não estão adaptadas à essas condições Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resposta de tolerância à seca em linhagens de café arábica portadoras de genes de Coffea racemosa, por meio de parâmetros fisiológicos, bioquímicos, nutricionais e de crescimento e estudar quais as variáveis, dentre esses parâmetros, estão mais relacionadas com a tolerância à seca O trabalho foi desenvolvido em casa de vegetação com mudas de aproximadamente seis pares de folhas que foram submetidas a dois déficits hídricos sucessivos, sendo uma réplica usada como ambiente controle Foram testados três genótipos de Coffea arabica portadores de genes de C racemosa e as cultivares Tupi IAC 1669-33 e IAPAR 59, sensível e tolerante à seca, respectivamente As variáveis utilizadas permitiram, de maneira geral, boa diferenciação entre os genótipos tolerantes e sensíveis à seca, porém a observação dos parâmetros em conjunto foi mais eficiente nessa separação Fotossíntese líquida, eficiência no uso da água, eficiência intrínseca no uso da água, eficiência de carboxilação, conteúdo relativo de água, intensidade de murcha, açúcares solúveis e teor de macro e micronutrientes foram mais importantes na identificação de tolerância à seca Ao contrário, o teor de prolina e o peso seco não foram bons indicadores para diferenciar genótipos tolerantes de sensíveis No geral, os resultados demonstraram boa tolerância à seca para os genótipos com introgressão de genes de C racemosa, com destaque para H113-4-26-1, que teve o melhor comportamento na maioria das variáveis estudadas, apresentando maior taxa fotossintética líquida, maior conteúdo relativo de água, maior eficiência no uso da água, maior eficiência intrínseca no uso da água, maior eficiência instantânea de carboxilação, menor intensidade de murcha, maiores teores de açúcares solúveis e maior aumento relativo nos teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, cobre, zinco e boro A utilização de parâmetros fisiológicos, bioquímicos, de crescimento e nutricionais em conjunto permitiu melhor identificação da tolerância à seca em café O genótipo H113-4-26-1, levando em conta todas as variáveis estudadas, pode ser considerado mais tolerante que a testemunha tolerante IAPAR 59 Os genótipos H113-4-26-1 e H113-4-26-9, obtiveram comportamento similar à cultivar IAPAR 59 e foram mais tolerantes à seca que Tupi IAC 1669-33CaféCondições hídricasPlantasResistência à secaCaféCoffeePlantsCoffeeBreedingWater requirementsDrought resistanceParâmetros fisiológicos, bioquímicos, nutricionais e de crescimento relacionados com a tolerância à seca em genótipos de caféTese