Trelha, Celita Salmaso [Orientador]Gonçalves, Soraya Geha2024-05-012024-05-012015.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14736Resumo: O envelhecimento populacional configura-se como uma realidade da maioria das sociedades e, no Brasil uma parcela considerável dos idosos possui condições de trabalhar e efetivamente o fazem, sendo uma alternativa para superação dos problemas previdenciários Diante deste contexto, traz à tona a discussão a respeito das condições de saúde deste idoso trabalhador e ao mesmo tempo a reflexão referente às peculiaridades inerentes da própria idade, da qual se destaca a ocorrência de quedas O objetivo deste trabalho foi analisar fatores associados a quedas em idosos servidores de uma instituição de ensino superior pública Trata-se de um estudo transversal, observacional e exploratório, com idosos servidores públicos da Universidade Estadual de Londrina (UEL), PR, Brasil Foi utilizado um questionário estruturado abordando aspectos sociodemográficos, ocupacional e clínico-funcional para caracterizar a amostra A variável dependente foi ocorrência de quedas nos últimos 12 meses associada às variáveis independentes como idade, sexo, escolaridade, estado conjugal, renda, percepção de saúde, sintomas depressivos, sono, uso de medicamentos, índice de massa corpórea, hospitalização nos últimos 12 meses, nível de atividade física, força de membros inferiores e superiores, mobilidade e equilíbrio postural Utilizou-se de análise univariada (x2) e multivariada pelo modelo de Regressão de Poisson para verificar os fatores associados à queda Participaram do estudo 254 idosos trabalhadores, com idade média de 62 anos, 193 (76%) na faixa etária entre 6 a 64 anos, com predominância do sexo masculino 149 (58,7%); 155 (61%) com companheiros; 148 (58,3%) com escolaridade de nível superior/ pós-graduação e 15 (59,1%) referiram possuir renda mensal de cinco ou mais salários mínimos Em relação às condições de saúde, 246 (96,5%) consideravam a sua saúde de boa a excelente qualidade; 21 (8,3%) apresentaram sintomas depressivos; mas em contrapartida, 151 (59,4%) apresentaram sono de má qualidade e 199 (78,3%) referiram fazer uso continuo de um ou mais medicamentos Em relação ao nível de atividade física 145 (57,1%) são ativos e 215 (84,6%) não relataram história de hospitalização nos últimos 12 meses Em relação à carga horária de trabalho, 244 (96,1%) trabalhavam mais de 3 horas semanais, com predomínio em atividades de exigência mental 161 (63,4%) Em relação às condições física-funcionais, mais da metade da amostra apresentou valores adequados para todos os testes A amostra foi dividida em dois grupos, caidores e não caidores e a prevalência de quedas em relação aos últimos 12 meses foi de 21,3% ± 2,72 (IC 95% = 15,92-26,58) Três variáveis apresentaram associadas à queda no modelo de regressão Poisson: ser do sexo masculino (RPaj = ,62 IC 95% ,4-,98); velocidade da marcha adequada (RPaj = ,46 IC 95% ,26-,81) e hospitalização nos últimos 12 meses (RPaj = 2,79 IC 95% 1,8-4,32) O presente estudo identificou uma prevalência de queda inferior do estimado para população idosa geral, podendo ser constatado uma relação positiva entre trabalho e envelhecimento Dentre os fatores associados, verificou-se que ser do sexo masculino é um fator de proteção para quedas e apresentar história de hospitalização nos últimos 12 meses e alteração na velocidade da marcha como fatores de riscoTrabalhadores idososQuedas (Acidentes)Locomoção humanaEnvelhecimentoOlder workersFalls (Accidents)Human locomotionQuedas e fatores associados em idosos trabalhadores de uma instituição de ensino superiorDissertação