Sei, Maíra Bonafé [Orientador]Buriolla, Hellen Lima2024-05-012024-05-012020.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9208Resumo: A psicoterapia familiar tem sido inserida cada vez mais no campo jurídico, sendo indicada como um recurso interventivo para o Sistema Judiciário em situações em que os conflitos e os diferentes tipos de violências estão presentes na trama familiar Contudo, cada família apresenta uma dinâmica, alianças, pactos e contratos conscientes e inconscientes que lhes são próprios A demanda psicoterapêutica em casos de psicoterapia familiar, comumente inicia-se por um terceiro à relação, que nos casos aqui apresentados, é o Sistema Judiciário Entretanto, para que se instaure um processo psicoterapêutico com essas famílias, é necessário avaliar a disponibilidade interna destas famílias, bem como o desejo de se inserirem em um processo psicoterapêutico Diante disso, esta pesquisa buscou refletir sobre a construção de demanda familiar compartilhada em casos encaminhados pelo Sistema Judiciário para psicoterapia familiar Para isso, esta pesquisa se pautou no método de investigação clínico psicanalítico, utilizando-se a estratégia de estudo de casos múltiplos Os instrumentos utilizados foram a própria escuta psicanalítica nos atendimentos clínicos realizados e recursos mediadores, como genograma, espaçograma e linha da vida, propostos nas sessões familiares Foram encaminhadas à Clínica Psicológica da UEL, pelo Sistema Judiciário, doze famílias ao longo de um período de nove meses Destas famílias, cinco compareceram a um atendimento inicial, mas apenas três famílias continuaram os atendimentos posteriormente Desta forma, foram efetuados atendimentos clínicos com três famílias As sessões foram realizadas na Clínica Psicológica da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Os casos foram analisados a partir do referencial da Psicanálise de Casal e Família Como resultado, pode-se observar, ao longo dos atendimentos, que as famílias apresentavam determinados limites em relação ao estabelecimento de um processo psicoterapêutico Notou-se, desta forma, uma indisponibilidade para se implicarem tanto na avaliação inicial como no processo terapêutico, quando se pode construir uma demanda compartilhada da família A despeito disso, percebeu-se que a participação nas entrevistas iniciais pôde contribuir para o acesso a determinados conteúdos relativos à história e dinâmica familiar, algo favorecido nos casos em que foram utilizados os recursos mediadores Por fim, aponta-se, como limites deste estudo, o número pequeno de famílias que efetivamente participaram das sessões e a regionalidade dos casos, haja vista que se tratam de famílias atendidas em um único serviço de psicologiaPsicologiaPsicoterapia familiarPsicanálisePoder judiciárioPsychologyFamily psychotherapyPsychoanalysisJudicial powerEntrevistas iniciais com famílias encaminhadas pelo judiciário : ilustrações clínicasDissertação