Cólus, Ilce Mara de Syllos [Orientador]Barcelos, Gustavo Rafael Mazzaron2024-05-012024-05-012007.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10907Resumo: O uso de espécies vegetais para fins de tratamento e cura de doenças remonta o início da civilização, desde o momento em que o homem começou um longo percurso de manuseio, adaptação e modificação destes recursos naturais para seu próprio benefício Dentre as plantas que continuam a ser uma grande fonte de medicamentos para a humanidade está a espécie Anacardium occidentale L, popularmente conhecida como cajueiro, o qual possui indicações terapêuticas variadas, tais como: propriedade cicatrizante, antihipertensivo, combate a distúrbios gástricos, controle do diabetes, combate a asmas e bronquites Contudo, alguns estudos demonstraram atividade mutagênica para o extrato desta planta Em faces às atividades já descritas para o cajueiro e com o objetivo de contribuir para um melhor esclarecimento de suas atividades biológicas, o presente trabalho teve por objetivo avaliar in vitro os possíveis efeitos citotóxico, genotóxico, mutagênico e protetor do extrato da casca do cajueiro, utilizando o ensaio do cometa e o teste de aberrações cromossômicas em cultura de células V-79 O teste de sobrevivência celular avaliou a citotoxicidade de diferentes concentrações do extrato da casca do caju (5, 1, 2, 3, 4, 5 e 6 µg/mL de meio de cultura) e permitiu a escolha de três (5 µg/mL, 1 µg/mL e 2 µg/mL de meio de cultura), as quais não apresentaram citotoxicidade, para a realização dos testes de genotoxicidade e mutagenicidade Nos testes de aberrações cromossômicas e do cometa, foram utilizados, respectivamente, como agentes indutores de danos a doxorrubicina (DXR) e o metilmetanosulfonato (MMS) e como controle negativo, PBS Nas avaliações das atividades protetoras utilizando o ensaio do cometa o extrato foi associado ao MMS em pré, pós e tratamento simultâneo e sua ação antimutagênica quando associado à DXR foi avaliada sobre a incidência de aberrações cromossômicas em tratamento simultâneo contínuo e nas fases G1, S e G2 do ciclo celular Os resultados obtidos no teste de aberrações cromossômicas revelaram que nenhuma das três concentrações utilizadas apresentou efeito mutagênico em todos os protocolos de tratamentos utilizados e que, no teste de antimutagenicidade, o extrato da casca do cajueiro proporcionou efeito antimutagênico em todas as fases do ciclo celular testadas Na fase G1 as concentrações de 5 e 2 µg/mL, bem como, a concentração de 1 µg/mL na fase S também apresentaram efeito protetor O ensaio do cometa revelou que as duas menores concentrações utilizadas não apresentaram atividade genotóxica e a maior mostrou genotoxicidade baixa Todas as concentrações apresentaram atividade protetora de danos no DNA causados pelo MMS em tratamento simultâneo e pós-tratamento, o que sugere que tal extrato possua possivelmente uma ação bio-antimutagênica O fato do extrato do cajueiro não ter apresentado genotoxicidade na maioria das concentrações e protocolos avaliados e ter protegido as células V79 contra danos causados por agentes alquilantes (MMS) e oxidantes (DXR) fornecem maior segurança para a utilização terapêutica do mesmo e estimula a continuidade dos estudos visando contribuir para a compreensão dos mecanismos envolvidos em seu efeito protetor e identificação dos compostos bioativos encontrados neste extratoCajuMelhoramento genéticoPlantasGenética molecularBiologia molecularCashew - BreedingPlants - Molecular geneticsMolecular biologyAvaliação da citotoxicidade, genotoxicidade e dos efeitos protetores do extrato de Anacardium occidentale L. in vitroDissertação