Cyrino, Edilson Serpeloni [Orientador]Gouvêa, Márcio André de2024-05-012024-05-012018.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16714Resumo: Introdução: Nas últimas duas décadas, houve um aumento crescente de estudos abordando diferentes variáveis relacionadas à prática do futebol Entretanto, ainda existem lacunas referentes à medição da capacidade técnica do atleta, destaques disso são a metodologia utilizada na aplicação de testes de fundamentos técnicos e a falta de informações relacionadas ao desempenho, durante a execução de diferentes números de tentativas Objetivos: Analisar as características metodológicas de testes utilizados para avaliar fundamentos técnicos do futebol; verificar a ocorrência de pico(s) de desempenho e/ou de estabilização nos resultados durante a execução de dez tentativas de dois testes de fundamentos técnicos Métodos: O presente estudo foi dividido em duas etapas Na primeira etapa, foi realizada uma revisão sistemática, junto às bases de dados MEDLINE e SciELO, sobre os procedimentos metodológicos utilizados em testes de fundamentos técnicos específicos de futebol Na segunda etapa, 69 atletas do sexo masculino, da categoria sub15- regularmente inscritos em três equipes de Futebol-, foram submetidos a dois testes de fundamentos técnicos específicos; um envolvendo controle de bola e outro condução de bola Na análise da estabilização dos resultados, utilizou-se o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) para verificar a reprodutibilidade dos resultados Já na análise das diferenças entre as tentativas de amostras dependentes, foram utilizados Wilcoxon, ANOVA one-way e de Friedman O Qui-Quadrado foi adotado na análise da distribuição do número de tentativas A estatística descritiva - frequência relativa e absoluta-, foi utilizada para determinar o(s) pico(s) de desempenho(s) Resultados: Primeiramente, observamos uma grande diversificação dos procedimentos empregados durante a realização dos testes de fundamentos técnicos Há distinções em relação à trajetória, distância, área de execução, parte do corpo utilizado, forma de pontuação, tempo de execução, número de repetições, número de obstáculos, espaço entre esses e na ferramenta estatística adotada Em relação ao desempenho durante a execução dos testes, verificamos que não ocorre a estabilização do resultado, mesmo após dez tentativas Os atletas obtiveram melhoras consecutivas com o aumento do número de tentativas, no teste de controle de bola - considerando o melhor resultado em duas, três e dez tentativas (2ªT: 3,71 pontos ± 4,83; 3ªT: 4,49 pontos ± 5,22; 1ªT: 7,1 pontos ± 6,8; P < ,5), no teste de condução (2ªT: 358,2 frames ± 19,37; 3ªT: 347,99 frames ± 45,27; 1ªT: 345,6 frames ±12,93; P < ,5) O pico de desempenho variou de acordo com o tipo de teste No teste de condução bola, esse ocorreu nas primeiras tentativas e no teste de controle de bola, nas últimas tentativas A condição técnica do atleta influenciou apenas no teste de controle de bola, verificando-se diferença significativa entre o melhor resultado obtido após dez tentativas e o melhor resultado das duas primeiras tentativas (Menos Habilidosos: 1,13 pontos ± ,94; Mais Habilidosos: 6,73 pontos ± 3,45; P < ,5) Correlações significantes foram encontradas em relação ao status técnico (posicionamento no ranking de desempenho) no teste de controle de bola, entre duas e dez tentativas (= ,75; P<,1), e três e dez tentativas (r= ,81; P<,1) Concluímos que há uma grande variedade metodológica em relação aos testes de fundamentos técnicos; verificamos diferentes picos de desempenho e falta de estabilização dos resultados durante as sucessivas tentativas, porém encontramos estabilização no status técnico, principalmente entre os atletas mais habilidososFutebolFutebolTestes de aptidãoSoccerSoccerAbility testingAnálise dos resultados de dois testes de fundamentos técnicos do futebol em jovens futebolistas sub-15Tese