Silva, Maria de Lourdes Corradi Custódio da [Orientador]Fukuda, Eliane Kaori2024-05-012024-05-012007.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11058Resumo: A biomassa do fungo ascomiceto Botryosphaeria rhodina, cultivado em glucose como fonte de carbono, foi separada do exopolissacarídeo para investigar a composição, em polissacarídeos, da biomassa Para obtenção desses polissacarídeos a biomassa foi lavada com água, exaustivamente, até que nenhum resíduo de açúcar livre fosse detectado pelo ensaio do fenol-ácido sulfúrico, garantindo a total remoção do EPS A massa micelial foi liofilizada, fragmentada e submetida, consecutivamente, a diferentes procedimentos extrativos, a saber, água fria (3x), água fervente (4x) e hidróxido de potássio a 2%, 1°C (2x) Esse procedimento separou as biomoléculas em grupos, de acordo com suas solubilidades As frações Q1 (aquosa a quente) e K1 (alcalina) foram selecionadas para dar prosseguimento aos estudos por serem quantitativamente majoritárias e com grande diferença percentual entre seus constituintes monossacarídicos A fração Q1 foi fracionada por cromatografia de filtração em gel Sepharose CL-4B em Q1A, Q1B, Q1C e Q1D A sub-fração Q1A com maior tamanho molecular, de acordo com seu volume de eluição na cromatografia de filtração em gel, apresentou glucose como componente majoritário Estudos espectroscópicos por infravermelho e ressonância magnética nuclear de carbono treze mostraram que todas as ligações glicosídicas encontravam-se em configuração ß A ausência de sinal na região de d 6 ppm e a presença de um sinal intenso em 69,1, bem como os resultados provenientes da metilação permitiram caracterizar a sub-fração Q1A como uma ß-(1?6)-D-glucana A sub-fração Q1C, constituída principalmente de galactose, após análises espectroscópicas e de metilação teve sua estrutura determinada como de uma galactofuranana com unidades 5-O e 6-O substituídas As sub-frações Q1B e Q1D não foram investigadas neste trabalho porque os experimentos conduzidos indicaram a necessidade de etapas adicionais de purificação A fração K1, obtida como primeira extração alcalina, após neutralização, diálise, precipitação em etanol e solubilização em água apresentou um resíduo (K1P) que foi separado por tratamentos sucessivos de gelo e degelo da parte solúvel (K1S) O material insolúvel, denominado K1P, constituído principalmente de glucose (93%) foi caracterizado como uma glucana ß-(1?3) com ramificação em C-6 através de análises espectroscópicas e de metilação A fração solúvel (K1S), fracionada por cromatografia de filtração em gel de Sepharose CL-4B, apresentou três picos denominados de K1SA, K1SB e K1SC A sub-fração K1SA, após hidrólise ácida apresentou principalmente glucose (92%) e a cromatografia gasosa dos acetatos de alditóis apresentou três picos, identificados como 2,3,4,6-tetra-O-metil, 2,3,6-tri-O-metil e 2,3-di-O-metil derivados Os sinais de FTIR em 155 e 92 cm-1 foram característicos de glucanas e em 85 cm-1 de a-glucanas O espectro de ressonância magnética nuclear de carbono treze mostrou sinais que correspondem a uma a-(1?4) D-glucana com pequeno grau de substituição em C-6 Os resultados encontrados neste estudo indicam que a composição da biomassa do ascomiceto Botryosphaeria rhodina é semelhante à biomassa de diferentes fungos e, provavelmente, as diferenças no grau de substituição correspondem às variações no tempo de cultivo e/ou a necessidade de etapas adicionais de purificaçãoBiotecnologiaFungosBiotecnologiaPolissacarídeosBiotechnologyFungi - BiotechnologyPolysaccharidesExtração, purificação e caracterização de polissacarídeos da biomassa do fungo ascomiceto Botryosphaeria rhodina MAMB-05Dissertação