Fonseca, Lígia Fahl [Orientador]Conchon, Marilia Ferrari2024-05-012024-05-012014.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15174Resumo: INTRODUÇÃO: No perioperatório a sede é altamente incidente e intensa, havendo indícios de que temperaturas frias podem se configurar como estratégias viáveis para minorá-la OBJETIVO: Avaliar a eficácia do picolé de gelo em comparação com a água em temperatura ambiente no alívio da sede no pós-operatório imediato, quanto à variação da intensidade da sede inicial em relação à final e saciedade alcançada após uma hora de avaliação e intervenção MÉTODO: Pesquisa analítica experimental, tipo ensaio clínico randomizado, paralelo, realizada no Centro Cirúrgico de um hospital escola terciário no Paraná A população foi composta de pacientes em pós-operatório imediato com uma amostra de 14 participantes para grupo água em temperatura ambiente e 14 para grupo picolé de gelo Os critérios de inclusão contemplaram participantes com idade entre 18 e 65 anos, em jejum há mais de oito horas, verbalização de sede espontânea ou estimulada, com intensidade maior ou igual a três na escala numérica visual analógica, que receberam opióides ou anticolinérgicos no trans-operatório, com duração da anestesia maior que uma hora e aprovados na avaliação do Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede Foram critérios de exclusão os pacientes que apresentaram restrições à ingesta ou deglutição Os procedimentos de avaliação da intensidade de sede e intervenções (água em temperatura ambiente ou picolé de gelo) foram repetidos a cada 15 minutos, durante uma hora A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da instituição, CAAE 167731355231 e está registrada no ClinicalTrialsgov da US National Institutes of Health com o número identificador NCT2149394 RESULTADOS: O picolé de gelo foi mais eficaz em 37,8% (p < ,1 - Teste t-Student) que a água em temperatura ambiente no que se refere à variação da intensidade de sede inicial em relação à final Com relação à intensidade de sede e número de intervenções necessárias para alcance da saciedade, houve diferença estatisticamente significante (p < ,1 - Teste unilateral de Mann-Whitney) a partir do segundo momento de avaliação e intervenção Com relação à saciedade, o Risco Relativo de 41% (,28 – ,6 IC 95%) evidenciou que o grupo controle apresentou um risco de 59% em não proporcionar a saciedade de sede ao fim de uma hora de avaliação e intervenção A Redução do Risco Relativo de 59% (,4 – ,72 IC 95%), a Redução Absoluta do Risco de 31% (,18 – ,45 IC 95%) e o Número Necessário a Tratar de 3,2 (2,2 – 5,5 IC 95%) atestam para a eficácia do picolé de gelo em relação à agua em temperatura ambiente Os grupos foram homogêneos e comparáveis (testes de correlação de Pearson (r), Mann-Whitney e Kruskal-Wallis) com relação às variáveis demográficas e clínicas CONCLUSÃO: O picolé de gelo apresenta-se como estratégia inovadora simples e eficaz no manejo da sede no POI Ao proporcionar a saciedade pré-absortiva, permite a administração de pequenos volumes de líquidos acrescentando conforto ao paciente e segurança à equipe que o administraEnfermagem cirúrgicaEnfermagemCuidados pós-operatóriosSede (Fisiologia)Protocolos médicosSurgical nursingNursingThirst (Physiology)Post-operative careEficácia do picolé de gelo no manejo da sede no pós-operatório imediato : ensaio clínico randomizadoDissertação