Paulino, Eliane Tomiasi [Orientador]Fonseca, Silas Rafael da2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10325Resumo: A tese versa sobre a permanência do latifúndio no estado do Paraná acompanhada de seu par contraditório, a agricultura camponesa Verticalizamos a análise em três municípios do Sudeste paranaense, General Carneiro, Bituruna e Paula Freitas, tendo por objetivo compreender os impactos da silvicultura e do descumprimento da função social da terra que lhe é inerente, partindo das repercussões territoriais que tal uso da terra provoca Para tanto, valemo-nos de trabalhos de campo e de entrevistas junto a camponesas/camponeses, assentadas/assentados e acampadas/acampados da reforma agrária Destacamos a centralidade do monopólio da terra no decorrer do processo de formação territorial do estado do Paraná e, a partir do recorte da região Sudeste do estado, debruçamo-nos sobre o latifúndio (im)produtivo, aqui entendido como grande propriedade cuja atividade econômica está longe de atender aos quatro parâmetros estabelecidos constitucionalmente para designar a função social e o direito de manutenção da propriedade, ainda que, contraditoriamente, cumpra os índices de produtividade estabelecidos pela lei Isso posto, a tese faz um contraponto ao termo agronegócio, pois compreendemo-lo como parte de uma cadeia produtiva que também engloba a agricultura camponesa Constatamos que a grande propriedade no Brasil e no Paraná não cumpre a função social da terra, por isso, utilizamo-nos do conceito de latifúndio silvicultor para analisar a agricultura capitalista e suas repercussões territoriais que nos municípios estudados decorrem, em grande medida, da monocultura do pinus, tais como: concentração de terra, renda e poder, geração de pobreza, impactos ambientais e superexploração do trabalho Contraditoriamente existem frações do território que foram conquistadas por camponeses e camponesas, tornando-se assentamentos da reforma agrária, além da existência de dois acampamentos de luta pela terra que buscam romper com as cercas do latifúndio A luta empreendida para entrar e permanecer na terra configura-se enquanto estratégia para a recriação camponesa e para a superação do bloqueio/interdição do acesso à terra colocado a um conjunto de sujeitos Ocupamo-nos em desvendar como se dá a reprodução do seu modo de vida, entendendo que a luta pela terra está alicerçada na inseparabilidade entre família, terra e trabalho A tese demostra que a questão agrária no Brasil está longe de ser solucionada e que, ainda hoje, convivemos com a presença do latifúndio, seja ele improdutivo ou produtivo Assim, a busca por uma sociedade mais justa passa, indiscutivelmente, pela necessidade de um processo de redistribuição da terraGeografiaLatifúndioCamponesesParanáFlorestasGeographyLatifundioParanáForests and forestryPeasantsLatifúndio (im)produtivo e impasses à recriação camponesa no sudeste paranaenseTese