Oliveira, Francismara Neves deSilva, Ângela da2024-11-072024-11-072024-01-25https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18425A pesquisa desenvolvida considerou o racismo como uma ecologia ampla e complexa e recortou como problemática, duas questões: 1) Como as crianças da educação infantil representam as relações raciais por elas vivenciadas? 2) Como as significações acerca da discriminação racial trazidas pelas crianças se relacionam às significações apresentadas por adultos pertencentes ao mesossistema família-escola? Objetivou compreender como as crianças inseridas no mesossistema família-escola representam as relações de racismo e suas vivências discriminatórias; identificar os significados atribuídos às práticas e vivências de preconceito e discriminação racial no contexto escolar, identificar os impactos do racismo estrutural no desenvolvimento das crianças matriculadas na educação infantil e perceber como as relações étnico-raciais foram compreendidas intergeracionalmente no mesossistema família e escola. Apoiou-se nas concepções do Modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano de Urie Bronfenbrenner (1917-2005), cotejada à discussão acerca do racismo estrutural. Definiu-se como pesquisa qualitativa e do tipo pesquisa-ação, adotando os princípios da inserção ecológica. Como procedimento investigativo contou com entrevista semiestruturada com os adultos, intervenções pedagógicas com as crianças, rodas de conversa e observação registradas em diário de campo. Considerando o microssistema escolar constituído por uma turma de P4 da educação infantil, teve como participantes: 14 crianças, 10 familiares, 1 gestor, 4 professoras, 1 auxiliar de pesquisa e a professora-pesquisadora. Participaram da atividade 14 crianças (10 negras, 3 brancas e 1 asiática, idades - 4 e 5 anos). Os principais resultados encontrados foram organizados em categorias de análise, sendo elas: 1) Processos e Violências no Cotidiano do Brincar; 2) Microssistema familiar - experiências raciais ao longo doTempo; 3) Processos Proximais: Construindo afetos e Identidade racial; 4) Processos de silenciamento que atravessam a educação; 5) Processos Intergeracionais: construções das relações ao longo do tempo. Os resultados revelaram que as gerações reproduzem os conceitos indentitários ao longo do tempo, criam e recriam mecanismos de sobrevivência e de resistência. O racismo identificado nas intervenções pedagógicas evidenciou-se profundo, atingindo o conceito de beleza afetando os processos de brincar e revelando violências raciais que atravessam gerações de um mesmo contexto familiar e escolar. Também resultou da pesquisa, a necessidade de educar para o antirracismo, como princípio norteador da vida humana e de romper com processos de invisibilização da cultura negra nos espaços escolares. Indica-se que sejam feitos novos estudos sobre o racismo na educação infantil principalmente objetivando a reformulação de políticas públicas e a formação de professores da Educação Infantil para a educação antirracista, com a finalidade de oferecer suporte para intervenções pedagógicas diárias, desde o início do processo de escolarização e não apenas nas datas “comemorativas”.porMesossistema família-escolaEducação antirrascistaEducação infantilRacismoEducação infantilRacismo na educação - BrasilAntirracismo - Educação - BrasilCrianças - CondutaPreconceito racialDesenvolvimento humanoPolíticas públicasFormação de professoresRelações raciais em contexto intergeracional : vivências e resistências na ecologia da educação infantilRacial relations in intergenerational context : experiences and resistances in the ecology of early childhood educationDissertaçãoCiências Humanas - EducaçãoCiências Humanas - EducaçãoFamily-scholl relationshipAnti-racist educationPreschoolRracismEarly childhood educationRacism in education - Brazil - BrazilAnti-racism - Education -Childrens - ConductRacial prejudiceHuman developmentPublic policiesTeacher training