Giglio, Thalita Gorban Ferreira [Orientador]Zara, Rafaela Benan2024-05-012024-05-012019.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11395Resumo: Os sistemas construtivos leves representam uma alternativa ao grande impacto ambiental causado pela alvenaria convencional, oferecendo maior produtividade e qualidade para a edificação com menores danos ao meio ambiente No entanto, a difusão da tecnologia tem sido bastante limitada no Brasil A dificuldade de inserção do sistema construtivo no país, entre outros aspectos, pode estar relacionada à baixa massa térmica da envoltória, importante propriedade para controle das trocas de calor A norma brasileira de desempenho, ABNT NBR 15575, limita a capacidade térmica das envoltórias em 13 kJ/m²·K, muito acima dos valores obtidos por sistemas leves Por outro lado, o método de avaliação da norma é muito simplificado e não considera a correlação entre os elementos construtivos da envoltória A literatura, por sua vez, aponta a necessidade de avaliação global da edificação, considerando a interação entre os elementos e suas propriedades Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar a influência dos parâmetros termofísicos no desempenho termoenergético de edificações residenciais com sistemas construtivos leves em três zonas bioclimáticas brasileiras Para isso, primeiramente definiu-se as características construtivas a serem simuladas por meio da análise de composições de envoltória de sistemas leves utilizadas no Brasil Os parâmetros termofísicos foram combinados fatorialmente e simulados pelo método do Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ R) Por fim, foi empregado a análise de variância (ANOVA) de forma a determinar quais os parâmetros mais influentes nos indicadores graus-hora de resfriamento (GHR), consumo relativo para aquecimento (CA), consumo relativo para refrigeração (CR) e equivalente numérico da envoltória Os resultados mostraram que os parâmetros mais influentes se repetem entre os indicadores de desempenho, diferindo na ordem e na parcela de influência entre eles Em geral, os parâmetros mais relevantes em sistemas construtivos leves para o indicador graus-hora de resfriamento foram a absortância solar (4% a 44%) e transmitância térmica das paredes externas (1% a 14%) para Curitiba e São Paulo e a absortância solar das paredes externas (72%) e a interação entre transmitância térmica e absortância solar das paredes externas (9%) para Belém No consumo relativo para aquecimento, os parâmetros mais influentes foram a transmitância térmica das paredes externas (5% a 67%) e o contato do piso com o solo (15% a 34%) No consumo relativo para refrigeração, o contato com o solo (6% a 71%), absortância solar (13% a 62%) e transmitância térmica das paredes externas (2% a 14%) foram os mais influentes nas três cidades analisadas A baixa transmitância térmica e o contato com o solo, em especial, são estratégias interessantes para suprir a baixa capacidade térmica dessas edificações, adquirindo uma importância maior quando comparados a edificações pesadas Além disso, nota-se que a utilização das características mais influentes nos indicadores não garante um bom desempenho termoenergético, mas a combinação adequada das propriedades da envoltória como um todoEdificaçõesAquecimentoEquilíbrio térmico (Engenharia)EdificaçõesRefrigeraçãoBuildingsHeat balance (Engineering)FreezingHeatingInfluência dos parâmetros termofísicos no desempenho térmico de edificações residenciais em sistemas construtivos levesDissertação