Almeida, Sílvio Henrique Maia de [Orientador]Nunes, Janaina Mayer de Oliviera2024-05-012024-05-012021.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/16247Resumo: Objetivos: O primeiro objetivo foi comparar a busca por tratamento para os sintomas do trato urinário inferior (STUI), analisar a qualidade de vida (QV) e o incômodo com estes sintomas entre funcionárias de um hospital público brasileiro com síndrome da bexiga hiperativa (SBH) e incontinência urinária de esforço (IUE) O segundo objetivo foi comparar a eficácia da eletroestimulação transcutânea do nervo tibial (ETNT) com a eletroestimulação vaginal (EV) no tratamento de mulheres com SBH Materiais e métodos: Para o primeiro objetivo realizou-se um estudo observacional, de corte transversal em um hospital universitário de grande porte com 118 funcionárias, divididas em três grupos: síndrome da bexiga hiperativa úmida (SBHU) (n=42); síndrome da bexiga hiperativa seca (SBHS) (n=46); e IUE (n=3) Utilizaram-se três questionários: International Consultation Incontinence Questionnaire Short-Form (ICIQ-SF), o International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB); e um questionário sociodemográfico e clínico Para o segundo objetivo realizou-se estudo piloto de ensaio clínico com 69 mulheres randomizadas em três grupos: grupo EV (GV), n= 23; grupo ETNT (GT), n= 23; grupo controle (GC), n= 23 Os grupos GV e GT receberam 12 sessões de eletroestimulação durante 6 semanas e o GC não recebeu intervenção As pacientes foram avaliadas ao final (FTTO) e 1 mês após o tratamento (1mTTO) com o escore do ICIQ-OAB, incômodo com os sintomas, diário miccional, cura subjetiva e satisfação e desconforto com a corrente elétrica Resultados: No estudo transversal verificou-se que das 118 mulheres, apenas 26 (22%) buscaram tratamento para seus STUI, sem diferença entre os grupos (p=,429) O grupo SBHU apresentou pior QV e maior nível de incômodo com os sintomas (respectivamente, p<,1 e p<,1) Quando comparado o escore da QV e o nível de incômodo dos STUI e a busca por tratamento, não houve diferença (respectivamente, p=,93 e p=,78) O médico ginecologista/obstetra foi o profissional mais consultado (56,3%) Numa escala de zero a 1, as voluntárias informaram uma média de 4,23 ± 3,48 pontos de ajuda pelo profissional procurado O principal motivo para não buscar tratamento foi que os sintomas não incomodam (13%), seguido por acharem que os sintomas são normais para a idade (5,4%) Quanto aos resultados do ensaio clínico, ao FTTO, GT (diferença média= 5; IC95%= 27 - 73) e GV (35; 17 - 54) foram superiores ao GC (p<1) no ICIQ-OAB e na melhora do incômodo com os sintomas (p=1) (39; 2 - 58 para o GT e 23; 8 - 37 para o GV) Em 1mTTO, GT foi superior ao GC (44; 22 - 67) e ao GV (24; 1 - 48) no ICIQ-OAB (p=1), e GT (32; 15 - 49) e GV (23; 8 - 37) foram superiores ao GC (p=1) na melhora do incômodo O GT foi superior ao GV e ao GC na proporção de respondedores com 5% de melhora (expressiva) no ICIQ-OAB ao FTTO e 1mTTO, e no incômodo ao FTTO; e GV foi superior ao GT e GC no incômodo 1mTTO Não houve diferença no desconforto com a corrente elétrica (p=612) Conclusões: No estudo transversal a taxa de busca por tratamento entre as funcionárias do hospital foi baixa Apesar das voluntárias do grupo SBHU apresentarem pior QV e maior incômodo com os STUI do que os demais grupos não houve diferença entre eles quanto à procura por tratamento No ensaio clínico, ETNT e a EV foram eficazes no tratamento da SBH ao FTTO, entretanto, a ETNT apresentou a maior proporção de melhora expressiva do ICIQ-OAB e do incômodo com os sintomas ETNT foi mais eficaz que EV no ICIQ-OAB e apresentou a maior proporção de melhora expressiva do ICIQ-OAB com 1mTTOInfecção urináriaInfecção urináriaTratamentoSíndrome da bexiga hiperativaIncontinência urinária de esforçoUrinary infectionUrinary infection - TreatmentOveractive bladder syndromeStress urinary incontinenceBusca por tratamento de sintomas do trato urinário inferior entre servidoras de um hospital público e comparação entre duas técnicas de eletroestimulação em mulheres com síndrome da bexiga hiperativaTese