Araújo, Eduardo José de Almeida [Orientador]Franciosi, Anelise2024-05-012024-05-012018.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/11551Resumo: A agrecana (ACAN) é uma proteoglicana presente na matriz extracelular (MEC) pertencente à família das hialectinas Estudos têm demostrado que a ACAN pode gerar cicatrizes gliais em casos de lesão cerebral Além disso, estudos recentes demonstram que a ausência de alguns componentes da MEC (tenascina X e ácido hialurônico) no sistema nervoso entérico (SNE) tem sido associada a distúrbios gastrointestinais No entanto, não se tem conhecimento sobre a presença da ACAN no SNE e sua possível relação com distúrbios gastrointestinais, principalmente em quadros inflamatórios Assim, o objetivo desta Dissertação foi verificar se ACAN está associada à inervação do cólon de camundongos saudáveis ou com retocolite ulcerativa (RCU) induzida por sulfato de dextrana sódica (DSS) Inicialmente, quantificou-se o mRNA para ACAN em dois estratos intersticiais: mucosa + submucosa e muscular + serosa de camundongos saudáveis por intermédio da técnica de PCR-RT Na sequência, avaliou-se a presença e localização da ACAN utilizando-se a técnica de imunofluorescência com dupla marcação de ACAN e componentes neuronais, como o óxido nítrio sintase neuronal (nNOS) e colina acetiltransferase (ChAT) Por fim, comparou-se o padrão de marcação da ACAN no plexo mioentérico entre camundongos saudáveis e camundongos com RCU Os resultados de PCR mostraram que a mucosa + submucosa tem maior quantidade de mRNA para ACAN em relação à muscular + serosa A imunoreatividade para ACAN foi observada no epitélio de revestimento da mucosa, aparentemente sem associação com específicos tipos celulares A ACAN também foi visualizada de forma associada a neurônios entéricos, principalmente no plexo mioentérico Todos os corpos celulares de neurônios mioentéricos apresentaram imunoreatividade para ACAN ACAN estava ausente em prolongamentos neuronais Cerca de 3% desses neurônios ACAN+ eram nitrérgicos e outros 3% eram colinérgicos Agregados de ACAN foram observados na matriz extracelular, principalmente dentro dos gânglios mioentéricos Imunomarcação também foi observada em neurônios aferentes que inervam o cólon, presentes em gânglios de raiz dorsal - GRD (T3, L1, L6, S1) Parte dos neurônios ACAN+ de GRDs eram positivos para o marcador de via nociceptiva: CGRP (calcitonin gene-related peptide) A RCU provocou redução significativa do número de agregados de ACAN (p<,5) Por outro lado, RCU não alterou a relação entre ACAN e neurônios mioentéricos Conclui-se que ACAN está presente no cólon de camundongos saudáveis e com RCU, incluindo corpos celulares de neurônios intrínsecos e extrínsecos a essa região do tubo digestório RCU reduziu a quantidade de agregados de ACAN, mas sua presença permaneceu inalterada ao redor dos corpos celulares de neurôniosProctocoliteInflamaçãoMatriz extracelularPatologia experimentalCamundongo como animal de laboratórioProctocolitisInflammationExtracelular matrixAssociação da agrecana na inervação do cólon de camundongos saudáveis e com colite induzida por sulfato de dextrana sódicaDissertação