Oliveira, Karen Brajão de [Orientador]Aranome, Adriano Martin Felis2024-05-012024-05-012018.00https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9828Resumo: O câncer cervical está entre os cânceres mais frequentes em mulheres no mundo todo, e em alguns países em desenvolvimento chega a ser a maior causa de morte por câncer na população feminina O sistema imunológico é fundamental tanto na resolução quanto no desenvolvimento de lesões pré-malignas e subsequentemente no câncer cervical Proteínas relacionadas à imunossupressão são fundamentais para a não exacerbação da resposta inflamatória e na contenção de possíveis danos, entretanto, um microambiente com baixa inflamação está frequentemente relacionado a um pior prognóstico, favorecendo o desenvolvimento do câncer do colo do útero A citocina fator de transformação do crescimento beta (TGFB) e o fator de transcrição Forkhead box P3 (FOXP3) são elementos fundamentais na regulação imunológica Considerando que polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) podem alterar a expressão da proteína, bem como sua eficiência, nosso objetivo foi avaliar os polimorfismos TGFB1 rs1847 e rs18471, como rs387465 no gene TGFBR2 e o rs3761548 no FOXP3, além de dados sociodemográficos, de características reprodutivas e comportamento sexual com o desenvolvimento do câncer do colo do útero Para isso, coletamos amostras do tumor do colo uterino de 49 mulheres com câncer cervical atendidas pelo Hospital de Câncer de Londrina e 17 controles livres de lesão cervical nas Unidades Básicas de Saúde de Londrina A detecção do HPV foi realizada por PCR, genotipagem dos polimorfismos por PCR-RFLP, características sociodemográficas e dados clínicos foram obtidos através de prontuários e um questionário estruturado Modelos de regressão logística ajustados para possíveis fatores confundidores foram utilizados para análise de associação e suscetibilidade, apresentando valores ajustados de Odds Ratio com intervalo de confiança de 95% O nível de significância adotado foi p<,5 Verificou-se que ter 4 ou mais parceiros sexuais durante a vida foi associado a estágios avançados da doença (p=,14) O não conhecimento sobre o HPV (p=,23) e suas formas de transmissão (p<,1), renda familiar de no máximo 1 salário mínimo (p<,1), ausência ou baixa escolaridade (p<,1), tabagismo (p<,1), ausência de outros testes preventivos no passado (p=,26), número de gestações (p=,17), número de partos vaginais (p=,2), nenhum parceiro sexual nos últimos 6 meses (p=,14) estão relacionados com o desenvolvimento do câncer cervical Para os polimorfismos, foram independentemente associados ao desenvolvimento do câncer cervical, o genótipo AA (OR=3,461 e IC95%=1,136 - 1,54; p=,29) do polimorfismo do FOXP3 rs3761548, o genótipo AG (OR=8,93 e IC95%=1,272 - 51,472; p=,27) e GG (OR=1,753 e IC95%=1,589 - 72,762; p=,15) do polimorfismo do TGFBR2 rs387465 Enquanto que o genótipo CT (OR=,133 e IC95%=,31 - ,576; p=,7) e TT (OR=,243 e IC95%=,62 - ,953; p=,43) nos modelos codominante e dominante (OR=,186 e IC95%=,52 - ,659; p=,9) para o polimorfismo rs1847 de TGFB foram relacionados à proteção contra o desenvolvimento do câncer cervical Nossos dados demonstram que SNPs em regiões de regulação do sistema imune podem ser utilizados como marcadores de suscetibilidade ao câncer cervicalColo uterinoCâncerPolimorfismo (Genética)ImunologiaVírus do papilomaCancerGenetic polymorphismsImmunologyCeruix uteriFatores externos e polimorfismos em genes relacionados com a imunossupressão envolvidos no desenvolvimento do câncer cervicalDissertação