Flaiban, Karina Keller Marques da CostaBonatto, Natália Camila Minucci2024-09-302024-09-302022-02-15https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17820A hemogasometria é essencial na análise clínica de pacientes críticos humanos e veterinários, entretanto a avaliação da interferência da lipemia neste exame não foi elucidada. Este estudo objetivou avaliar o efeito da lipemia pós-prandial nos parâmetros hemogasométricos e sua interferência na avaliação do estado ácido base pela abordagem quantitativa do modelo de íons fortes. Para isso, 15 cães tiveram amostras de sangue venoso colhidas em jejum (M0) e uma (M1), três (M3) e cinco (M5) horas após a indução da lipemia por meio da ingestão de dieta hipercalórica. As variáveis foram testadas quanto à normalidade e as diferenças entre os momentos foram verificadas pelos testes de ANOVA com medidas repetidas e Friedman com pós-testes de Holm-Sidak ou Dunn. Os triglicerídeos (TG) e colesterol total (CT) foram utilizados para determinação da lipemia e posteriormente correlacionados pelos coeficientes de Pearson ou Spearman com os parâmetros hemogasométricos, com as variáveis do modelo de íons fortes e os analitos bioquímicos (albumina, fosfato e magnésio) utilizados para avaliação do estado ácido base. A lipemia não ocasionou alterações nos parâmetros hemogasométricos, sendo que apenas o anion gap teve diminuição no M5 (p = 0,01) sem correlação com CT e TG. Na avaliação do estado ácido base ocorreu diminuição da diferença de íons fortes aparente (SIDa) (p = 0,04) e hiato de íons fortes (SIG) (p = 0,0006) no M5. A diferença de íons fortes efetiva (SIDe) aumentou em M1 (p = 0,03) e M3 (p = 0,02), e a Atot, em M1(p = 0,001), M3 (p < 0,0001) e M5 (p = 0,003). Também aumentaram os níveis dos analitos albumina em M1 (p = 0,02) e M3 (p = 0,002), e fosfato em M1 (p = 0,01), M3 (p = 0,0001) e M5 (p = 0,02). Enquanto que o magnésio diminuiu no M5 (p = 0,02). Os TG tiveram correlação positiva fraca com albumina (r = 0,36; p = 0,004), Atot (r = 0,31; p = 0,01) e SIDe (r = 0,30; p = 0,01), e o CT teve correlação positiva moderada com Atot (r = 0,47; p = 0,0001), fosfato (r = 0,47; p = 0,0001) e magnésio (r = 0,49; p < 0,0001), e correlação fraca com albumina (r = 0,28; p = 0,02) e a SIDe (r = 0,27; p = 0,03). Contudo, a lipemia pós-prandial não interfere nos parâmetros hemogasométricos, mas pode ocasionar erros de diagnóstico em parâmetros utilizados para a avaliação do estado ácido base que são dependentes de analitos bioquímicos.porCãoGasometriaFase analíticaModelo de íons fortesEfeito da lipemia pós-prandial sobre os parâmetros hemogasométricos caninosEffect of postprandial lipemia on canine blood gas parametersDissertaçãoCiências Agrárias - Medicina VeterináriaCiências Agrárias - Medicina VeterináriaDogAnalytical phaseGasometryStrong ion model